A prisão do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, em nada mudou os planos e a agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se dedica à viajar pelo país. Nesta sexta-feira (13), por exemplo, ele esteve no Rio Grande do Norte.

Gilson foi detido em Recife, pela Polícia Federal (PF).

Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tinha pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abrisse um inquérito contra o ex-ministro por obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal, com base na informação de que ele teria atuado, em 12 de maio, para obter a expedição de um aporte português, em favor do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, "para viabilizar sua saída do território nacional".

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Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o assunto. Ele visitou, na data de hoje, o hospital em que ficou internado, na cidade de Natal, quando ou mal e precisou ser transferido para Brasília, onde foi submetido a uma cirurgia para tratar de uma obstrução intestinal.

Nas redes sociais, o ex-presidente compartilhou imagens da visita à unidade hospitalar, onde rezou com a equipe médica e apoiadores.

Na vez em que ou mal, em abril deste ano, Bolsonaro estava acompanhado de parlamentares e também do ex-ministro Gilson Machado, que chegou a afirmar que medicou o ex-presidente durante a noite.

Após ter a prisão decretada, Gilson negou ter tentado obter a expedição de um aporte em favor de Cid.

"Apenas pedi um aporte para meu pai, por telefone, aqui no consulado português no Recife. No outro dia, ele foi ao consulado, juntamente com meu irmão. E o aporte dele, se não recebeu, está para receber a renovação do aporte português", declarou o ex-ministro na chegada ao Instituto Médico Legal (IML) nesta tarde.

De acordo com uma apuração da analista da CNN Julliana Martins, o ex-ministro teria também procurado Bolsonaro para rebater as acusações.

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