Por meio de nota, Zucco afirmou que a ida do ministro ao parlamento não foi para prestar esclarecimentos sobre as últimas medidas econômicas do governo, mas sim para “tumultuar, agredir e criar cortina de fumaça para o fracasso de sua agenda fiscal”.
“O que vimos foi um ministro descompensado, isolado e hostil. Haddad perdeu totalmente as condições de continuar no cargo”, disse o parlamentar.
Ao fim da audiência, o líder do governo, Lindberg Farias, declarou aos jornalistas que o bate-boca com Haddad não vai desmotivar o debate das pautas econômicas do governo no Congresso.
“Nessa turma não vai parar aos gritos debates desses temas”, disse.
“Vai ter uma grande rede de solidariedade e de repulsa a esse movimento que aconteceu também com a ministra [do Ambiente e Mudança do Clima] Marina Silva”, relembrou Lindbergh.
Nas redes sociais, o presidente da comissão, deputado Rogério Correia (PT-MG), explicou porque encerrou a sessão após o bate-boca e defendeu a importância da presença do ministro.
“Precisei encerrar a audiência com o ministro Fernando Haddad devido ao desrespeito dos bolsonaristas. Em meio a gritos, risadas e provocações, ficou impossível manter o diálogo democrático.”
“Mesmo com as tentativas de tumultuar, a audiência foi fundamental. O ministro trouxe esclarecimentos sobre o pacote econômico”, explicou.
Na sessão, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) fizeram críticas ao governo durante o uso da palavra e deixaram o plenário antes que o ministro pudesse responder aos questionamentos.
Haddad classificou a atitude como “molecagem” e disse que dar calote ou vender patrimônio público não é política fiscal responsável. Minutos depois, Jordy retornou à sala e rebateu de imediato: “Moleque é você”.
*Sob supervisão de Fernanda Tavares