O relato foi feito no documentário "Billy Idol Should Be Dead" [Billy Idol Deveria Estar Morto, em tradução livre], que estreou na terça-feira (10) no Festival de Tribeca, em Nova York.
"Eu estava voltando no auge e quase estraguei tudo. Voamos para Londres e encontramos vários amigos que conhecíamos. Eles tinham uma das heroínas mais fortes. Todo mundo usou e apagou, menos eu e um camarada meu", começou ele no longa.
Enquanto os outros estavam "desmaiados", Billy e o amigo continuaram consumindo a droga, o que levou a situação a ficar crítica.
"Eu estava basicamente morrendo. Estava ficando azul. Então me colocaram em uma banheira com água gelada e me lembro de me levarem para andar pelo terraço do prédio", relembrou.
Na época, o uso da droga ilícita era uma prática comum entre músicos, e Billy explicou que o meio em que vivia não possibilitava uma visão crítica sobre os perigos da substância.
"Muita gente usava. Mas, sabe, você estava completamente exposto a isso. Muitas das pessoas que a gente amava eram viciadas em heroína. Lou Reed escreveu a música 'Heroin'. Você não pensava no quanto aquilo era perigoso. Na verdade, pensava exatamente o contrário. Talvez que [a droga] pudesse desbloquear alguma coisa."
O roqueiro só abandonou de vez o uso da substância após um episódio traumático em Bangcoc, na Tailândia. Na ocasião, o intérprete de "White Wedding" e um amigo causaram US$ 75 mil (cerca de R$ 415 mil) em danos a um hotel, enquanto seu filho, Willem, hoje com 36 anos, ainda era um bebê.
Em outro trecho do documentário, o artista relembrou ter "apagado" dentro de um elevador, com as portas abrindo e fechando. "[O ator] Mel Gibson estava lá com a família, de férias, horrorizado", contou.
Billy conseguiu se afastar definitivamente da heroína. "O lado bom é que eu deixei essa droga para trás. Foi horrível demais, toda a experiência. Aquilo realmente me desanimou. Largar a heroína é uma das piores experiências do mundo. O [cantor] Boy George disse tudo quando falou que é como se seu esqueleto tentasse sair do seu corpo. Não existe solução rápida. É um processo muito longo. Você conta os dias, os segundos, as horas. Mesmo depois de seis meses, ainda se sente péssimo."
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