"Não deve de forma alguma ter redução de exportações, isso não vai acontecer. [...] O Brasil continuará muito importante, tudo isso já está na conta. O Brasil é de fato importante, é de fato protagonista e vai continuar muito relevante", afirmou Carvalho.

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O representante do agro reconhece que os resultados dependem de questões conjunturais e que o cenário pode ser impactado, sobretudo, pela maneira como a China e os EUA levarem à frente uma possível guerra comercial.

Mas numa análise rápida, olhando em retrospecto, o presidente da ABAG relembrou que no primeiro mandato de Trump, entre 2017 e 2020, o Brasil saiu ganhando com as barreiras comerciais levantadas pelo republicano.

"Tem análises mostrando o salto que houve nas exportações brasileiras de commodities agrícolas em função do que fez a Guerra Fria do Trump com a China. Foi algo realmente muito expressivo para o Brasil. A primeira análise nos levaria a imaginar que novamente isso aconteceria", observou Carvalho.

"Essa é uma análise rápida, lógica. Mas nós estamos vivendo momentos tão difíceis que a gente nunca sabe o que tem na gaveta de um eventual acordo. Mas eu acho que a primeira análise rápida é que poderá aumentar as exportações brasileiras", pontuou.

O presidente da ABAG ressaltou que, apesar de muitos acharem que sim, o mundo não é completamente dependente do agronegócio brasileiro. O que Carvalho destacou como o diferencial do setor é sua capacidade competitiva: "os nossos custos de produção são muito menores".

Porém, apontou ainda para uma fraqueza que expõe o país.

"Temos uma capacidade de produção muito mais limitada pela logística, infraestrutura e, logicamente, pela falta de acordo com outros países. O Brasil continua fechado. Continua muito dependente da China, o que é preocupante."

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